domingo, 2 de janeiro de 2011

Os 10 cd's da minha vida: Primeiro



    Chegámos ao primeiro cd. Por ser o primeiro, por levar o ouro, tem de ser realmente especial, misturar a sua importância relativa e a sua qualidade musical. Não precisei de pensar muito para concluir qual seria esse cd.
    Os Queen são uma das bandas mais importantes para a musica dos últimos 50 anos, a voz de Freddie Mercury é distinta de todas as outras, criando com a sua morte um lugar que não poderia ser ocupado por mais ninguém e levando assim à extinção desta maravilhosa banda. Este greatest hits I e II é a colectânea do que de melhor os Queen fizeram, sendo os Queen o que de melhor se fez nos anos 80, indiscutivelmente.
    Não referirei musicas especificas pois todas elas são fabulosas. Durante a minha infância/inicio de adolescência, ouvi estes cd centenas, milhares de vezes. Com o então meu vizinho Michael cantávamos e dançávamos estas musicas sem parar, fazíamos concertos com a aparelhagem dos meus pais, tocávamos todos os instrumentos, vivíamos a musica! A conjugação destes factores faz deste o cd mais importante da minha vida e merecedor vencedor do ouro.

    Obrigado Queen!!

Os 10 cd's da minha vida: Segundo

  
    Comprei este álbum por causa da rádio. Ouvi tantas vezes o single "Stand Inside Your Love" que tive de ir a correr a uma loja de música comprar o cd.
    Ouvi-o tantas vezes que o cd se começou a riscar. Ouvi-o tantas vezes que sabia todas as letras do álbum. Ouvi-o tantas vezes que na disciplina de EV os meus desenhos incluíam sempre o Billy Corgan e/ou companheiros. E ainda hoje não sei dizer se realmente gosto do cd ou não. Tem algumas musicas porreiras, como a musica anteriormente referida, ou "The Everlasting Gaze", mas em geral não sei se acho grande piada ao cd. Na altura era o melhor, porque marcava o inicio da minha adolescência, foi o primeiro cd não de criança (e neste grupo insiro todas as tretas como Spice Girls e assim) que comprei, o primeiro cd que marcava a época rebelde em que queremos libertar-nos dos nossos pais e termos gostos diferentes deles. Este foi o primeiro cd dessa época, sem duvida melhor que os que se seguiram (Eminem está nesse grupo).
    Se gosto ou não do cd, não sei. Ele é estranho, com músicas cheias de energia e com outras mortas. Em que as musicas cheias de energia afinal não têm tanta energia assim, e as mortas são ainda mais mortas do que isso!!! Mas quando o ouço gosto dele. Talvez porque gostei dele quando o comprei, mas não sei se será só isso.
    De resto é um cd importantíssimo para a minha evolução musical, e como tal merece a prata!

Os 10 cd's da minha vida: Terceiro

  
    Após uma longa pausa, volto para a presentar o pódio. Este que leva a medalha de bronze foi um dos cd's da minha infância. Desde os meus 3 anos que o ouvi (ainda em formato de cassete) sempre o adorei. Havia energia (coisa óptima para um miúdo também cheio dela), havia comédia (coisa boa para um apreciador de Quim Barreiros, como sempre fui) e havia asneiras a pontapé (coisa fabulosa para um miúdo que as adorava :p).
    Na altura, quando o meu padrinho me apresentou a tal cassete, considerei que era de tal forma boa a musica que a cassete seria indestrutível!! Mas não era e passei largos anos a cantarolar as musicas sem as poder ouvir. Voltei a ouvir as musicas, agora em formato de cd, há uns 6 anos e descobri que ou eram musicas intemporais, e bastante bem feitas, ou que eu não cresci desde os 3 anos :D.
    Agora, e depois de muitos anos desde a primeira audição, posso dizer que é um conjunto de músicas indubitavelmente fortes. A produção é péssima mas as músicas são fortes. As letras são em geral um pouco ridículas mas as músicas são fortes. Comparando a qualidade musical de Mata-Ratos hoje em dia e na altura, as músicas do "Rock Radioactivo" eram uma treta, mas as músicas são fortes. Em suma, as músicas são fortes!
    Com músicas como "A minha sogra é um boi", "Xavier" e "Eu tenho um pobre", este álbum ficará no meu coração e para todo o sempre!

sábado, 20 de novembro de 2010

Robert Lewis "123 Mixture"

    Enquanto escrevo este post estou a fumar este tabaco que é uma das minhas aquisições de Verão. Ir a Londres, terra do Sherlock Holmes, e não comprar tabaco para cachimbo era como ir ao Martim Moniz e não comprar caril. Como tal, no pouco tempo que estive nessa maravilhosa capital, e foi mesmo muito pouco (nem tive tempo de visitar a minha querida Analves :s), tive de procurar um sitio onde comprar tabaco. E não foi uma tarefa simples. Londres é uma cidade muito grande, e sem ter pesquisado previamente onde poderia comprar tabaco para cachimbo foi muito difícil encontrar o mesmo à venda. Acabei por comprar no Harrods, que tem uma tabacaria bastante razoável.
    Este tabaco é um Latakia com mistura de tabaco de charuto. É muito agradável de fumar, tendo um aroma intenso a fumo, derivado do Latakia. A folha de charuto dá um sabor especial que se mistura com o Virginia, tornando o acto de fumar muito fresco e encorpado. Tem um sabor agradável, não sendo tão doce como alguns Latakias que já fumei anteriormente, como por exemplo o Havanezas, ficando como tal menos enjoativo e mais agradável. O sabor mantém-se igual durante todo o tempo de fumo, e quando digo isto já o estou a fumar há mais de uma hora.
    É recomendado a todo o apreciador de misturas inglesas, mas como qualquer Latakia não deve ser fumado perto da namorada/esposa se ela não for também fumadora de Latakia;)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Quarto





Cradle of Filth - VEmpire

    Que grande cd. O primeiro cd de Black Metal que comprei e ouvi e logo me conquistou. Todo o cd soa a oculto, há uma evilness que cobre toda a música. O livro é muito bom, os desenhos espectaculares, tanto metaforicamente como literalmente.
    Quando o comprei estava curioso porque já conhecia uma das suas músicas e era muito boa. A primeira audição deixou-me sem palavras, mas desde essa altura nunca fui capaz de deixar de gostar deste cd. Músicas preferidas não tenho, todas as 6 que constituem este álbum são únicas e magnificas. A voz de Dani Filth ainda não era uma trampa, a banda ainda se importava mais em fazer boa música do que em teatralismos estúpidos, a música não era alegre, era sim uma invocação do oculto, um pacto com vampiros, demónios ou outras entidades malignas, a bateria... Não há muito a dizer de Nicholas Barker, melhor baterista é difícil encontrar, a sua bateria dá uma dimensão incrível às músicas de COF mais parecendo por vezes o som de uma bateria anti-aérea que um humano a tocar bateria.
    Este é realmente um dos meus álbuns favoritos de todos os tempos, sendo muito completo, pesado e bonito. A minha introdução ao Black Metal foi bem inspirada!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Quinto

    


      Não tenho orgulho em ter este álbum aqui, até porque é algo embaraçoso. O álbum, ouvido agora que já não tenho 13 anos, é francamente mau, mas na altura marcou-me bastante. A explosão do nu-metal foi importante para mim porque deixou-me o bichinho da musica pesada, e pouco após ouvir este cd comecei a ouvir Metallica, Iron Maiden e outras coisas mais decentes que Limp Bizkit. Mas se não fosse esta banda de Homens-Macaco, possivelmente nunca tinha feito a transição do Hip-Hop (principalmente Eminem, nesta altura) para o Metal. E nisso este álbum é mestre: não é hip-hop, não é tecno, não é metal, mas é uma junção dos 3, criando assim um cd com algum peso, muita beatbox, e cheio de atitude e de segurar testículos ( o Fred devia ter muito medo que eles caíssem...). Por isso obrigado Fred e companhia, pois se este álbum nunca tivesse sido engendrado possivelmente ainda hoje vestia calças da resina e calçava traineiras.

Os 10 cd's da minha vida: Sexto

   

              Finntroll - Nattfödd

Este é um cd maravilhoso. Muitas bandas misturam o death metal de contornos Black com o Folk. Poucas são as que se salvam dentro desse grupo. Finntroll é uma dessas poucas, que cd após cd se vão reinventando nunca porém abandonando o Folk Metal. Têm cd's melhores outros piores, mas até os Queen fizeram cd's menos relevantes. Este Nattfödd é espectacular. Desde o inicio ao fim é cheio de energia, nunca se tornando cansativo para o ouvinte porque cada música tem uma personalidade distinta. Além do mais não se pode falar deste cd sem se referir a maravilhosa "Trollhammaren". É uma música fantástica, com um videoclip que demonstra bem o que sentimos quando a ouvimos!
   Graças a este álbum fui introduzido ao Folk Metal, terra de tantas outras maravilhosas bandas (Korpiklaani, Glitertind, Turisas...), e desde essa altura é um dos estilos musicais que mais ouço! Obrigado Finntroll!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Sétimo


       Burzum - Filosofem

   Ok não devo falar deste cd sem falar do génio que está por detrás dele. Burzum é uma "One Man's Band" de Varg Vikernes, uma das personalidades mais importantes do Black Metal. É também provavelmente a figura mais controversa do movimento. Desde os incêndios que provocou em igrejas na Noruega, sua terra natal, e do assassinato de Euronymous (Mayhem) em 1993, passando à sua defesa do Odinismo, que, havendo pessoas que o conhecem, ou o amam ou o detestam. Independentemente de qual dos lados se escolhe, nenhum apreciador de Black Metal pode passar ao lado da importância de tudo o que fez musicalmente.
    Com um passado destes Varg tem tudo o que é necessário para ser grande no seu estilo musical. Além disso tem a personalidade correcta: é misantropo, gostando mais de provocar ódio com as suas opiniões do que o que seria social e politicamente correcto. Eu sinceramente gosto dele, pela sua forma de estar na vida, de exprimir as suas opiniões, como diriam os Darkthrone "Fuck off and Die". A sua música reflecte então a sua personalidade. 
    Este álbum foi importantíssimo para este sub-género musical, tendo dado origem ao som hoje conhecido como Post-Black Metal. Inúmeras bandas pegaram na sonoridade deste Filosofem e reproduziram-na até à exaustão. As suas guitarras arrastadas funcionam como uma barreira, estando presentes ao longo de todas as musicas. A voz é totalmente inconfundível.
   Este álbum introduziu-me a um tipo de Black Metal diferente do que estava habituado e andei durante  bastante tempo a ouvi-lo assim como a outras bandas que pouco mais que uma cópia eram. E ainda hoje é um dos meus álbuns favoritos na minha pequena colecção. 
   É um álbum de total culto.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

R.A. Salvatore - Pátria

   Finalmente decidiu-se fazer uma tradução de R.A. Salvatore e da lenda de Drizzt. 
   Este é para mim um dos melhores livros de toda a lenda de Drizzt, que já vai no seu 18º volume, recém-editado o último. Conta-nos a história dos Drow, os elfos negros, não só de pele como de coração. Numa sociedade liderada pela corrupção e pela traição, devota de Lolth, deusa caótica e vil, nasceu uma criança que se tornou diferente de todos os outros indivíduos desta sociedade. Era dominado pela honra, pelos valores, sendo, como tal, totalmente diferente dos seres que o rodeavam e que com ele habitaram. Era um ser que pertencia à luz e não à eterna escuridão presente em Menzoberranzan, a cidade onde nasceu. Neste livro está presente a história dos seu primeiros anos de vida, as suas desilusões com o seu povo, a ligação com o seu mestre Zaknafein, e a sua proeza com as armas.
   A tradução está bastante boa, tirando terem traduzido goblin para duende, porque sendo uma raça fictícia não há tradução correcta, e como tal nada se perdia em deixar o nome original. Nunca é a mesma coisa ler o livro na língua original, mas apesar disso gostei de reler este livro, agora em português. Foi uma óptima ideia da Saída de Emergência pegar nesta história, e torna-se assim, a meu ver, na melhor editora quanto à edição de fantasia em Portugal. É um livro aconselhável a qualquer fã de Dungeons & Dragons que não goste de ler em inglês ou que tenha dificuldade em arranjar o livro em inglês, e a todo o público de fantasia em geral. Espero que aproveitem  para pegar em mais coisas de Forgotten Realms.

Os 10 cd's da minha vida: Oitavo

    Este álbum resume para mim o que melhor os Placebo fizeram na sua carreira. Tem momentos rápidos com This Picture The Bitter End que faz pensar automaticamente em Festival de Verão. Tem também momentos mais lentos, músicas calmas de grande qualidade. Estas características a juntar a uma produção muito eficiente e a um experiência superior à que tinham anteriormente faz deste um álbum simplesmente brilhante.
    Foi um álbum marcante para mim, tendo sido possivelmente o cd que mais ouvi nesse ano, pela carga emocional a ele ligada. Além disso marcou o meu regresso à audição de boa música, visto que no ano anterior ouvia principalmente Hip-hop, que, não querendo desfazer, é uma treta. 
    Álbum muito recomendado!