quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Quinto

    


      Não tenho orgulho em ter este álbum aqui, até porque é algo embaraçoso. O álbum, ouvido agora que já não tenho 13 anos, é francamente mau, mas na altura marcou-me bastante. A explosão do nu-metal foi importante para mim porque deixou-me o bichinho da musica pesada, e pouco após ouvir este cd comecei a ouvir Metallica, Iron Maiden e outras coisas mais decentes que Limp Bizkit. Mas se não fosse esta banda de Homens-Macaco, possivelmente nunca tinha feito a transição do Hip-Hop (principalmente Eminem, nesta altura) para o Metal. E nisso este álbum é mestre: não é hip-hop, não é tecno, não é metal, mas é uma junção dos 3, criando assim um cd com algum peso, muita beatbox, e cheio de atitude e de segurar testículos ( o Fred devia ter muito medo que eles caíssem...). Por isso obrigado Fred e companhia, pois se este álbum nunca tivesse sido engendrado possivelmente ainda hoje vestia calças da resina e calçava traineiras.

Os 10 cd's da minha vida: Sexto

   

              Finntroll - Nattfödd

Este é um cd maravilhoso. Muitas bandas misturam o death metal de contornos Black com o Folk. Poucas são as que se salvam dentro desse grupo. Finntroll é uma dessas poucas, que cd após cd se vão reinventando nunca porém abandonando o Folk Metal. Têm cd's melhores outros piores, mas até os Queen fizeram cd's menos relevantes. Este Nattfödd é espectacular. Desde o inicio ao fim é cheio de energia, nunca se tornando cansativo para o ouvinte porque cada música tem uma personalidade distinta. Além do mais não se pode falar deste cd sem se referir a maravilhosa "Trollhammaren". É uma música fantástica, com um videoclip que demonstra bem o que sentimos quando a ouvimos!
   Graças a este álbum fui introduzido ao Folk Metal, terra de tantas outras maravilhosas bandas (Korpiklaani, Glitertind, Turisas...), e desde essa altura é um dos estilos musicais que mais ouço! Obrigado Finntroll!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Sétimo


       Burzum - Filosofem

   Ok não devo falar deste cd sem falar do génio que está por detrás dele. Burzum é uma "One Man's Band" de Varg Vikernes, uma das personalidades mais importantes do Black Metal. É também provavelmente a figura mais controversa do movimento. Desde os incêndios que provocou em igrejas na Noruega, sua terra natal, e do assassinato de Euronymous (Mayhem) em 1993, passando à sua defesa do Odinismo, que, havendo pessoas que o conhecem, ou o amam ou o detestam. Independentemente de qual dos lados se escolhe, nenhum apreciador de Black Metal pode passar ao lado da importância de tudo o que fez musicalmente.
    Com um passado destes Varg tem tudo o que é necessário para ser grande no seu estilo musical. Além disso tem a personalidade correcta: é misantropo, gostando mais de provocar ódio com as suas opiniões do que o que seria social e politicamente correcto. Eu sinceramente gosto dele, pela sua forma de estar na vida, de exprimir as suas opiniões, como diriam os Darkthrone "Fuck off and Die". A sua música reflecte então a sua personalidade. 
    Este álbum foi importantíssimo para este sub-género musical, tendo dado origem ao som hoje conhecido como Post-Black Metal. Inúmeras bandas pegaram na sonoridade deste Filosofem e reproduziram-na até à exaustão. As suas guitarras arrastadas funcionam como uma barreira, estando presentes ao longo de todas as musicas. A voz é totalmente inconfundível.
   Este álbum introduziu-me a um tipo de Black Metal diferente do que estava habituado e andei durante  bastante tempo a ouvi-lo assim como a outras bandas que pouco mais que uma cópia eram. E ainda hoje é um dos meus álbuns favoritos na minha pequena colecção. 
   É um álbum de total culto.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

R.A. Salvatore - Pátria

   Finalmente decidiu-se fazer uma tradução de R.A. Salvatore e da lenda de Drizzt. 
   Este é para mim um dos melhores livros de toda a lenda de Drizzt, que já vai no seu 18º volume, recém-editado o último. Conta-nos a história dos Drow, os elfos negros, não só de pele como de coração. Numa sociedade liderada pela corrupção e pela traição, devota de Lolth, deusa caótica e vil, nasceu uma criança que se tornou diferente de todos os outros indivíduos desta sociedade. Era dominado pela honra, pelos valores, sendo, como tal, totalmente diferente dos seres que o rodeavam e que com ele habitaram. Era um ser que pertencia à luz e não à eterna escuridão presente em Menzoberranzan, a cidade onde nasceu. Neste livro está presente a história dos seu primeiros anos de vida, as suas desilusões com o seu povo, a ligação com o seu mestre Zaknafein, e a sua proeza com as armas.
   A tradução está bastante boa, tirando terem traduzido goblin para duende, porque sendo uma raça fictícia não há tradução correcta, e como tal nada se perdia em deixar o nome original. Nunca é a mesma coisa ler o livro na língua original, mas apesar disso gostei de reler este livro, agora em português. Foi uma óptima ideia da Saída de Emergência pegar nesta história, e torna-se assim, a meu ver, na melhor editora quanto à edição de fantasia em Portugal. É um livro aconselhável a qualquer fã de Dungeons & Dragons que não goste de ler em inglês ou que tenha dificuldade em arranjar o livro em inglês, e a todo o público de fantasia em geral. Espero que aproveitem  para pegar em mais coisas de Forgotten Realms.

Os 10 cd's da minha vida: Oitavo

    Este álbum resume para mim o que melhor os Placebo fizeram na sua carreira. Tem momentos rápidos com This Picture The Bitter End que faz pensar automaticamente em Festival de Verão. Tem também momentos mais lentos, músicas calmas de grande qualidade. Estas características a juntar a uma produção muito eficiente e a um experiência superior à que tinham anteriormente faz deste um álbum simplesmente brilhante.
    Foi um álbum marcante para mim, tendo sido possivelmente o cd que mais ouvi nesse ano, pela carga emocional a ele ligada. Além disso marcou o meu regresso à audição de boa música, visto que no ano anterior ouvia principalmente Hip-hop, que, não querendo desfazer, é uma treta. 
    Álbum muito recomendado!

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Nono



   Não é para mim o melhor cd de Moonspell, mas o primeiro deles que ouvi, e por isso marcou-me bastante. Estavam a começar a abandonar o peso ainda presente no fabuloso "Wolfheart", e a abraçar uma sonoridade menos pesada, mais gótica, que viria a estar presente em todos os álbuns até "The Antidote" como som predominante nas suas musicas.
   Este foi o primeiro cd de metal "a sério" que ouvi. Marcou-me profundamente pelo ambiente que criava, e tem, além de mais, musicas fantásticas como Opium, Mephisto e Fullmoon Madness que animam todos os concertos destes veneráveis músicos portugueses. Antes de ouvir este cd, ouvia Hip-Hop, algum rock e Nu-Metal; após a primeira audição desta mágica rodela nada mais foi igual.

domingo, 17 de outubro de 2010

Os 10 cd's da minha vida: Décimo


Deicide - Scars of the Crucifix


A minha lista de 10 álbuns da minha vida reflecte não exactamente os melhores que alguma vez ouvi, mas sim os álbuns que me mudaram a minha perspectiva da musica, que me transformaram, e por essa razão são os álbuns mais importantes para mim. Devido a isto nem todos os álbuns da minha vida são bons. Nem sequer gosto de todos eles.
Este é um caso de um cd que eu não gosto. Compraram-me este cd após boas criticas que li dele, e estava algo ansioso porque já tinha ouvido uma musica dele e até lhe achava piada. O álbum foi um dos primeiros de Death Metal que comprei e é fabulosamente monocórdico. Se a intenção deles era darem-nos 30 minutos de seca acertaram completamente na mouche! Além dos momentos (90%) de "monocordismo", de vez em quando o guitarrista manda uma daquelas guitarradas mázinhas que em vez de darem um pouco de dinâmica à musica tornam-na simplesmente ridícula.
Mudou-me a minha perspectiva perante o Death Metal e aprendi a não comprar cd's deste género musical sem os ter ouvido antes, sob a pena de gastar quase 20 euros num cd que ouvi 2/3 vezes.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

J.R.R. Tolkien "O Silmarillion"

    Este é para mim, de longe, o melhor livro de fantasia que alguma vez li. Apesar de ter sido editado após a morte do seu autor, foi escrito quase integralmente, sob a forma de contos soltos, antes ainda da edição da mui vendida trilogia "Lord of the Rings". Conta a história do mundo bem antes de Sauron se ter apoderado dos anéis, e acaba explicando a situação que levou a este apoderamento.
    Tolkien com este livro não nos quis contar uma estória, mas sim a história do mundo criado por ele nas 1ª e 2ª Eras. Conta-nos a história da criação do mundo, os conflitos entre deuses, a queda e exílio dos elfos de Valinor, as guerras intermináveis com Morgoth que se tinha apoderado das muito poderosas e belas jóias dos elfos (Silmarills), entre outras.
    É um livro que pode-se tornar massudo para um não amante de fantasia, mas é simplesmente brilhante, como se esperaria do génio deste senhor. Todos os livros de fantasia actuais têm um pouco da inspiração de Tolkien e deste fantástico livro que não se limita a ser um livro de fantasia, faz-nos acreditar e desejar que relata situações que realmente aconteceram num Universo paralelo chamado Eä. 
    Ainda bem para o mundo da literatura e da fantasia que um dia tenha nascido um senhor, cujas obras são estudadas em literatura inglesa, chamado J.R.R. Tolkien.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Cornell & Diehl Autumn Evening


    Mandei vir há pouco tempo este tabaco do estrangeiro porque infelizmente nenhum dos produtos de Cornell & Diehl estão disponiveis em Portugal.
    Abri-o excitado, cheio de curiosidade, pois estava perante um tabaco de um dos produtores mais bem falados nos EUA. O aroma era fantástico e muito forte, enchendo-me o quarto de um odor agradável que me fazia lembrar aqueles caramelos de papel dourado que comia quando era miúdo. Sentia-se também um agradável cheiro a nozes.
     Experimentei-o na mesma noite, mas fiquei algo desapontado. O sabor era muito suave, mas ao fim de 1 hora e pouco de fumo tornava-se enjoativo, como tal não o voltei a fumar no meu cachimbo Unique da Comoy's of London pois a sua cabeça é muito grande, e pelo facto de o tabaco ser adocicado torna-se demasiado enjoativo de fumar num cachimbo que se aguenta bem 2.5 horas aceso...
    Voltei-o a fumar no dia seguinte num Peterson Celtic, bem mais pequeno que o da noite anterior. O que posso dizer é o seguinte: tabaco fantástico, sabe ao que cheira, sem ter demasiada intensidade e sem esconder por completo o sabor de tabaco. No fim deixa um aroma agradável na boca, não sendo como alguns tabacos aromáticos que já tinha fumado antes que deixam a boca com um cheiro/sabor terrível. Muito fácil de fumar, apagando-se com pouca regularidade e com um fumo fresco que não queima a lingua/ céu da boca.
    O veredicto: Para quem é fã de aromáticos é  aconselhável mandar vir imediatamente dos EUA umas latas deste tabaco. Qualquer fumador de cachimbo deve experimentar fumar este tabaco pelo menos uma vez na vida, pois é uma experiência aromática diferente do habitual:)

Ora Viva!!

    Isto de se estar desempregado é fantástico... A barriga a crescer, os músculos a entorpecer, a visão cansada de jogar tanto PC, até tenho estado atento ao Facebook:|!!! Já tenho tão pouca coisa que fazer que decidi começar um blog!
    Este blog é mais uma daquelas coisas secantes que uma pessoa faz para não estar sem fazer nada e falará um pouco dos meus gostos, não de forma a dizer propriamente o que gosto, mas sim para aconselhar amigos e desconhecidos. Basear-me-ei então em 3 assuntos: cachimbo (principalmente tabaco de cachimbo); e dois acompanhantes inseparáveis (pelo menos para mim) de um fumador de cachimbo: música e livros.

  Espero que as 2 pessoas que vão ler este blog (eu incluído) apreciem os seus conteúdos:)